terça-feira, 8 de junho de 2010


DEIXEM QUE LHES DIGA
Alheio a saudosismos de há três décadas, a dura constatação de que se tem governado mais para o bolso que para o país, que em ultima análise é quem nos paga, a ambição pessoal, a falta de qualidade e incultura deste povo português, arrastam-nos para uma vala comum que sufocará as nossas aspirações e desejos mais profundos
A gritante falta de profissionalismo que campeia por este País, dos trabalhadores aos empresários, dos gestores e administradores aos políticos, dos monopolistas do mercado global,aos banqueiros, todos, cada um á sua maneira, nos têm moldado a mente, replicando-nos num sem numero de estereótipos robotizados, incapazes de reagir às mais singelas adversidades.
Julgamo-nos cultos importantes só porque fomos artificialmente “agraciados” por coisa nenhuma, (Novas facilidades para velhas e fracas mentes), cujo unico e vil objectivo se resume à conquista do voto e perpetuação no poder, com efeitos perversos avassaladores na capacidade de produzir , pensar e saber estar, convencendo-nos que tudo podemos obter ao estalar dos dedos. ( Férias, casas, carros, cursos superiores etc.)
Transformaram-nos em seres estranhos e mesquinhos, preguiçosos, hipócritas, submissos e sobretudo incapazes. Destas “virtudes” exógenas adquiridas, herdamos uma mentalidade sofista, segundo a qual, “os fins justificam os meios”, ainda que estes e aqueles sejam eticamente reprováveis.
Com esta realidade insofismável o país padece e desfalece e paulatinamente se vai metamorfoseando num mar cheio de nada. A mediocridade mora no seio de todas as classes sociais. A sua imposição e valorização, promovem os incapazes, os oportunistas e incompetentes, não deixando espaço, àqueles, poucos, que ainda teimam em querer um Portugal melhor. HAC