quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

REGIONALIZAÇÃO SIM! MAS DESCENTRALIZAR A REGIONALIZAÇÃO TAMBEM
















REGIONALIZAÇÃO SIM! MAS DESCENTRALIZAÇÃO DA REGIONALIZAÇÃO TAMBÉM.

Começam a surgir os primeiros “acordes" sobre o tema Regionalização.
Muito se há-de escrever, uns contra e outros tantos a favor. Até aqui nada nos surpreenderá. Creio.
O problema é que, tanto uns como outros, poderão ter razão, tão fortes deverão ser os seus argumentos. Todavia, para quem vive no epicentro da interioridade, que o sente no mais profundo dos seus ossos, raras vezes concorda com tão doutos articulistas.
Quem vive no terreno sabe os custos de uma politica centralista emanada do Terreiro do Paço, e quanto poderá vir a custar uma regionalização sem descentralização . Nós sabemos que, os actores principais que irão decidir sobre as politicas a aplicar nas respectivas regiões, utilizarão a dimensão do território para atrair maior percentagem de fundos. Porém, na hora dos distribuir, o argumento utilizado é a densidade populacional. Ora, o interior profundo, por culpa do poder central, emanado dos sucessivos governos, está despovoado, logo, permanece em estagnação e privado de direitos que o poder discricionário sempre acaba por impor .
Nós, do interior e no interior, sabemos quanto custa e sofre o povo por não ter as infra estruturas essenciais para viver condignamente. Melhores hospitais, melhores escolas melhores estruturas à terceira idade e de apoio às crianças e melhores acessibilidades entre outros investimentos, são bens centrais que não podemos deixar de reivindicar e exigir aos futuros decisores.
Que interessa ao transmontano, ao beirão e ao alentejano do interior a regionalização, se esta não for acompanhada de uma verdadeira partilha do poder de decisão por forma a permitir com equidade a distribuição dos recursos financeiros necessários para um desenvolvimento harmonioso?
A politica seguida pelo poder central, é bem o espelho do que poderá vir a ser o poder regionalizado e centralizado. Temos que ter os olhos bem abertos.
Por isso, o principal combate politico a seguir pelas regiões mais desfavorecidas e despovoadas, é apoiar a regionalização sim, mas salvaguardando todas as garantias que permitam uma efectiva aplicação dos fundos e apoios nacionais e comunitários em investimentos estruturantes que possam apoiar e incentivar novos investimentos, visando o bem estar das populações. Só faz sentido apoiar e defender a regionalização se tiverem como pano de fundo estes pressupostos.
Finalmente, espera-se que a regionalização venha a ser uma realidade e que a sua regulamentação salvaguarde os superiores interesses das populações rurais e do interior, verdadeiro sustentáculo das belas paisagens que encantam os milhões de turistas que visitam este nosso Portugal.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Vale de Maior. Dnª. Delmina Ribeirinha


Terezinha eis pois a Dna Delmina com 90 anos de idade e prima direita de sua avó Filomena, hoje mesmo estive em conversa com ela, onde me recordou alguns acontecimentos que deram origem ao seu regresso para o Brasil. Esta senhora, tem uma memória incrivel. Quando lhe dei os primeiros tópicos, ela recordou-se imediatamente do nome da sua avó FILOMENA. Aprecie algumas fotos de vale de maior que hoje mesmo fotografei, basta abrir a galeria das fotos do meu messenger. Saude e sempre bem, como você diz.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Como se cria a seda de forma tradicional


A seda, um dos mais caros e nobres tecidos, desejados sobretudo pelas mulheres, sofre um longo e complexo processo de transformação, tornando-o num dos produtos mais luxuosos que o homem exibe.


Pare se perceber tal transformação, eis pois como tudo se passa:


Os bichos da seda criam-se nas amoreiras, sobretudo de folha larga. Estes bichinhos , depois de sofreram varias e complicadas metamorfoses, apanham-se na fase de casulo. depois de extrair os casulos, colocam-se numa caldeira, de preferência de cobre, com água a cerca de 90 graus, amolecedo-os. Depois, com uma vassoura de carqueja, apanhamos o fio sedoso, que passa depois para um carreto e daí vai para um sarilho onde se fazem as meadas. De seguida, essas meadas vão para a dobadoura onde se separam os fios um por um e voltam-se a juntar conforme o tipo de trabalho que se pretende fazer. Daí seguem para o covilho. Esse fio, ainda passa por um fuso, vai a cozer e volta-se a fazer uma meada, seguindo por fim para o tear. Como vêm, não se admirem que uma peça de seda seja tão cara. Todavia, o prazer da exibir e a leveza do seu ser, é de facto algo que nos aconchega o corpo e nos aquece a alma.
Legenda:
Carqueja - Planta silvestre usada como acendalha; Sarilho- Espécie de dobadoura; Dobadoura - aparelho para dobar;
covilho - malga de barro grosseiro com asas laterais; fuso - instrumento roliço com que se fia