Estado da justiça
Muito se tem escrito, falado e noticiado sobre o estado da justiça em Portugal. A importância do tema questiona-nos todos os dias dada a sua transversalidade.
Com efeito, todos nós de uma maneira ou de outra, estamos ou podemos vir a estar com um problema judicial, em que, com justiça ou com injustiça podemos ser julgados e condenados.
É triste, absolutamente tenebroso e preocupante o estado a que o poder judicial chegou. Só os pobres são de facto condenados por falta de recursos financeiros para contratar competentes defensores. Isto é um lugar-comum. Porém, nunca será demais lembrar este facto, porque dele resultam enormes injustiças provocando verdadeiros desastres familiares com carácter de irreversibilidade.
As pessoas atentas a este fenómeno, referem com enorme precisão, que este problema não é de agora, arrastando-se desde o tempo da monarquia em Portugal. Diversos escritos são encontrados onde os escribas da altura, sobretudo a partir dos nomeados do século XV, os episódios de injustiça e corrupção são narrados amiudadas vezes.
O poder politico, religioso e económico sempre souberam mexer os pauzinhos no ceio do poder judicial do modo a serem ilibados de quaisquer culpas fosse no que fosse e com quem fosse. Mesmo as querela entre estes poderosos, eram muitas vezes esgrimidas fora dos tribunais, onde o culpado era não raras vezes obrigado a compensar monetariamente a vitima desde que assumisse ter sido culpado.
Quando a justiça actuava efectivamente e o infractor das classes mais altas, era punido, frequentemente baixava de nível, deixando de pertencer às elites reinantes e não raras vezes caiam em decadência e transformavam-se em verdadeiros pilha galinhas. Os pilha galinhas, eram os pobres de então. Severamente punidos quando cometiam um pequeno delito. Os castigos eram geralmente físicos e executados na praça pública através de inúmeras chicotadas no meio do povo para o povo ver e aprender. A humilhação a que eram submetidos era de tal ordem severa que parte deles ficavam inutilizados para o trabalho e outros chegavam até a morrer. Tudo isto por pequenos delitos, como por exemplo furtar uma galinha ao seu vizinho ou senhor. Dai a expressão “pilha galinhas”.
Paralelamente, as famílias dos nobres, os ricos e poderosos, viviam e ainda vivem faustosa e perpetuamente à custa e a coberto da administração publica, gerida por eles. Políticos, magistrados, advogados, a nobreza detentora de grande parte de património imobiliário na época e os grandes senhores do capital, os financeiros. Era uma verdadeira gamela que fartava toda esta vilanagem. Dai a expressão “fartar Vilanagem” que as classes intelectuais e escribas constestarias os alcunharam Alguns pagaram com a própria vida por emitir opiniões contrarias ao "status quo" instalado e à corrupção descaradamente compensadora. Esses verdadeiros Vilões e Senhores, viviam disto e para isto.
Foi assim na monarquia na 1ª, e 2ª repúblicas e é assim nos nossos dias mesmo com um regime que se diz democrata, quando a actual democracia só serve e farta a vilanagem actual que já nem sequer há vergonha de esconder.
Rainhas, reis, princesas juízes, perfeitos, políticos empresários condes e viscondes que sempre viveram, ainda hoje gozam desse estatuto e os pilha galinhas de hoje, continuam a ser punidos por dois mil reis.
Qual a diferença do “ontem”do “hoje”? Haja alguém que me desminta.
Muito se tem escrito, falado e noticiado sobre o estado da justiça em Portugal. A importância do tema questiona-nos todos os dias dada a sua transversalidade.
Com efeito, todos nós de uma maneira ou de outra, estamos ou podemos vir a estar com um problema judicial, em que, com justiça ou com injustiça podemos ser julgados e condenados.
É triste, absolutamente tenebroso e preocupante o estado a que o poder judicial chegou. Só os pobres são de facto condenados por falta de recursos financeiros para contratar competentes defensores. Isto é um lugar-comum. Porém, nunca será demais lembrar este facto, porque dele resultam enormes injustiças provocando verdadeiros desastres familiares com carácter de irreversibilidade.
As pessoas atentas a este fenómeno, referem com enorme precisão, que este problema não é de agora, arrastando-se desde o tempo da monarquia em Portugal. Diversos escritos são encontrados onde os escribas da altura, sobretudo a partir dos nomeados do século XV, os episódios de injustiça e corrupção são narrados amiudadas vezes.
O poder politico, religioso e económico sempre souberam mexer os pauzinhos no ceio do poder judicial do modo a serem ilibados de quaisquer culpas fosse no que fosse e com quem fosse. Mesmo as querela entre estes poderosos, eram muitas vezes esgrimidas fora dos tribunais, onde o culpado era não raras vezes obrigado a compensar monetariamente a vitima desde que assumisse ter sido culpado.
Quando a justiça actuava efectivamente e o infractor das classes mais altas, era punido, frequentemente baixava de nível, deixando de pertencer às elites reinantes e não raras vezes caiam em decadência e transformavam-se em verdadeiros pilha galinhas. Os pilha galinhas, eram os pobres de então. Severamente punidos quando cometiam um pequeno delito. Os castigos eram geralmente físicos e executados na praça pública através de inúmeras chicotadas no meio do povo para o povo ver e aprender. A humilhação a que eram submetidos era de tal ordem severa que parte deles ficavam inutilizados para o trabalho e outros chegavam até a morrer. Tudo isto por pequenos delitos, como por exemplo furtar uma galinha ao seu vizinho ou senhor. Dai a expressão “pilha galinhas”.
Paralelamente, as famílias dos nobres, os ricos e poderosos, viviam e ainda vivem faustosa e perpetuamente à custa e a coberto da administração publica, gerida por eles. Políticos, magistrados, advogados, a nobreza detentora de grande parte de património imobiliário na época e os grandes senhores do capital, os financeiros. Era uma verdadeira gamela que fartava toda esta vilanagem. Dai a expressão “fartar Vilanagem” que as classes intelectuais e escribas constestarias os alcunharam Alguns pagaram com a própria vida por emitir opiniões contrarias ao "status quo" instalado e à corrupção descaradamente compensadora. Esses verdadeiros Vilões e Senhores, viviam disto e para isto.
Foi assim na monarquia na 1ª, e 2ª repúblicas e é assim nos nossos dias mesmo com um regime que se diz democrata, quando a actual democracia só serve e farta a vilanagem actual que já nem sequer há vergonha de esconder.
Rainhas, reis, princesas juízes, perfeitos, políticos empresários condes e viscondes que sempre viveram, ainda hoje gozam desse estatuto e os pilha galinhas de hoje, continuam a ser punidos por dois mil reis.
Qual a diferença do “ontem”do “hoje”? Haja alguém que me desminta.
HAC