terça-feira, 4 de novembro de 2008


FLASHES DIFUSOS

O espelho reflecte a imagem de um nós que não existe.
O reflexo da luz cintila em todas as direcções desnorteado.
O sol, só o sol pode transformar nosso olhar em riste,
se pelas nuvens escuras, como breu , não for travado.

As histórias do eu e do tu que nos confunde.
A nós se devem as emoções que sós sentimos.
Presente está o projecto que nos funde,
em coisas vãs, estéreis e fúteis que cumprimos.

O som dos tambores longínquos de além mar,
soam e ressoam bem lá no fim do nosso fundo.
Os gritos frenéticos, aflitos e veementes a chorar,
são de longe; são do outro lado do fundo do mundo.

Do outro lado do mundo onde não estamos,
sempre perto e longe dos pensamentos.
Do lado de cá do mar onde recordamos,
nossa saudade, amor e sentimentos.

Os poetas cantam e dançam sua glória,
a quem os vê e a quem os houve.
Os poetas nunca contam a sua historia,
mas ansiosos estão por quem os louve.

Buscam inspiração em cada canto
Na esperança de encontrar os seus eus,
vêm nos outros, olhos de pranto
Como em mil e um desiguais aos seus

HAC

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